Gotinhas, gotinhas, deixem-me pegá-las no ar.


Ai de mim, Ai de mim!

Eu que fui derramando cuidadosamente

Cada gotinha

desse leite tão doce,

que de tão doce cansou a língua.

desse leite tão quente,

que de tão quente queimou os lábios.

Eu que desperdicei, tão belo amor,

tão lindo afeto.

Ai de mim, que deixei-o cair no chão,

assim,

esparramado pelo capricho da deslealdade.

Ai de mim, que essas promessas tão transparentes e limpas como o vidro,

quebraram antes de se cumprirem.

Ai de mim agora,

ai de mim pra sempre.

Ai de mim,

que tenho que ouvir que já não adianta,

não,

Não adianta, meu bem,

chorar pelo leite derramado.

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