Dolorosa despedida.


Meu velho amigo, o que aconteceu conosco?
Como nos tornamos tão mesquinhos? Como podemos seguir em frente dessa maneira?
Quero lembrar-lhe do tempo em que você ria das idiotices que eu dizia, e me abraçava forte quando me via. Quero lembrar-lhe, meu irmão, dos tempos em que sentávamos lado a lado e nada era necessário. Lembrar-lhe do jeito que eu mexia no seu cabelo e fazia parecer que no final tudo ia ficar bem, e ficava mesmo.
Você se lembra de tudo isso? Lembra que eu estava lá por você, e sempre estive?

Você era quem costumava segurar a porta pra mim. Era você que me apoiava, me dava o ombro pra chorar. Era você, o melhor, o único, o amigo mais incrível de todas as galáxias.

Mas você se foi.

Meu amor, o tempo passou, as lágrimas secaram, mas a calmaria não chegou. Você morreu, meu amigo, e me deixou aqui. Você jurou que jamais me deixaria, irmão.
E você que costumava me entender e me enxergar, agora está cansado. Tão cansado de mim, tão cansado da vida.
Morto.
Portanto, Adeus. Adeus, meu velho companheiro. Adeus, meu irmão. Adeus, meu falso ídolo, meu herói caído, meu amigo desinteressado.
Não há mais nada a dizer, e nossos corações esfriaram. Eu jamais te esquecerei, eu jamais deixarei de te amar.
Mas hoje eu sigo seus conselhos.
Hoje, de você, eu gosto menos.

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