O mesmo sonho
Meu amor, faz muito pouco tempo. E faz tempo demais.
Todas as noites, o mesmo sonho.
Nós estamos juntos na simplicidade do seu apartamento. Eu estou na simplicidade das suas roupas que eu fazia de pijama. Você está encostado na soleira da cozinha ou do seu quarto. A sala tem almofadas e nós jogamos videogame. A cama está desfeita, seu cabelo está adoravelmente despenteado e seus braços estão quentes. É tão absolutamente real.
Por dentro, estou quente. Em paz. Todas as dores do mundo não são páreo pro seu abraço apertado e pros nossos sorrisos. Eu estou perfeitamente feliz, e você também.
De repente, um tremor começa. Não sei bem dizer se é um terremoto ou se sou eu que começo a tremer por dentro. Você me segura e age normalmente. Você diz que é tudo coisa da minha cabeça. Você me pede pra deixar de lado.
Eu, irrevogavelmente curiosa e preocupada com sua segurança, me esforço pra identificar a origem dos tremores. Olho por todo o apartamento e sigo pra janela. Nesse momento, não tem mundo lá fora, e eu olho pra você, como se fosse perguntar "o que houve com o resto da Terra, meu amor?". Antes que meus lábios se abram, eu olho pras suas mãos, e elas tremem de maneira convulsiva. Você me olha desesperado, em um sinal de despedida precoce.
Eu acordo.
Seu vazio me corrompe e me esvazia também.
Eu continuo ao seu lado. Eu espero que todo meu afeto ainda preencha seus buracos.
Eu te amo até dormindo.
Eu sinto falta dessa paz.
Todas as noites, o mesmo sonho.
Nós estamos juntos na simplicidade do seu apartamento. Eu estou na simplicidade das suas roupas que eu fazia de pijama. Você está encostado na soleira da cozinha ou do seu quarto. A sala tem almofadas e nós jogamos videogame. A cama está desfeita, seu cabelo está adoravelmente despenteado e seus braços estão quentes. É tão absolutamente real.
Por dentro, estou quente. Em paz. Todas as dores do mundo não são páreo pro seu abraço apertado e pros nossos sorrisos. Eu estou perfeitamente feliz, e você também.
De repente, um tremor começa. Não sei bem dizer se é um terremoto ou se sou eu que começo a tremer por dentro. Você me segura e age normalmente. Você diz que é tudo coisa da minha cabeça. Você me pede pra deixar de lado.
Eu, irrevogavelmente curiosa e preocupada com sua segurança, me esforço pra identificar a origem dos tremores. Olho por todo o apartamento e sigo pra janela. Nesse momento, não tem mundo lá fora, e eu olho pra você, como se fosse perguntar "o que houve com o resto da Terra, meu amor?". Antes que meus lábios se abram, eu olho pras suas mãos, e elas tremem de maneira convulsiva. Você me olha desesperado, em um sinal de despedida precoce.
Eu acordo.
Seu vazio me corrompe e me esvazia também.
Eu continuo ao seu lado. Eu espero que todo meu afeto ainda preencha seus buracos.
Eu te amo até dormindo.
Eu sinto falta dessa paz.
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