Mariana

Mariana era como o mar pra mim
Ela sempre sonha com o mar
Ela sempre sonha com (a)mar
Ela é esse oceano apaixonado e apaixonante
Divido entre calmaria e tempestade
Ela é vestido preto e lábios lindos e doces
Ela tem abraços e braços de amor
Ela tem olhos cansados de ver a vida muito crua
E um jeito de te ofender que parece elogio
Ela é uma menina tão doce, a Mariana.
A Mariana é minha irmã mais velha
Ela cuida de mim entre meus ataques de choro e solidão
A Mariana é minha irmã mais nova
Ela sempre quer meus olhos, ouvidos e atenção
E assim como o mar, ela vai e volta
Ela vai pra Londres, ela vai pro Canadá
Ela vai até pra Marte se quiser
Mas ela volta.
Ela volta pra mais uma noite
Pra mais uma música do Maroon 5
Ela volta pra me ensinar como beber vinho, e quebrar taças
Ela volta. Eu preciso acreditar que ela volta.
Ela volta porque como mãos muito quentes que deixam marcas
Como lágrimas que escorrem e nunca secam
Ela fica.
Ela fica mesmo quando ela vai.
E eu ouço o som da gargalhada dela
E seus palavrões intermináveis
E seus olhos perdoantes e seus erros perdoáveis
A Mariana vai, sim. Ela vai e ela me dói.
Ela me dói porque ela é uma partezinha de mim que aprendeu a gargalhar
E que agora vai enterrar sementes, sorrisos, amor e fluídos lá no Canadá.
Mas ela volta.
Por amor, ela volta.