Menina (Multi)verso - canções do cotidiano

Ela é tão pequenina
Com seus olhares sempre brilhando,
Assimilando muito mais do que boa parte do mundo é capaz de entender
Entregando tão pouco com seus cabelos muito negros
Com seus olhos marrons audaciosos
Ela é tão pequenina pra quem tem tanta coisa
Pra quem tem tanta força
Pra quem tem tanto amor
Ela é tão delicada e pequena e gentil e enérgica
Como um beija-flor ou aqueles raios de sol que entram pela janela
Implorando pra que você acorde, porque o dia é tão lindo
E é tão sensata quanto os olhares dos pássaros que enfeitam meu quarto
E mostram que o mundo vale a pena quando você sabe voar
Quando você sabe abrir os olhos
E principalmente, se você souber cantar
Ela é parte e força integrante de algo tão maior
Algo que impulsiona e insiste
Que inspira e nunca, sob nenhuma circunstância desiste
Algo que só pode ser explicado por paredes que não são e literatura kafkiana
Ela materializa risadas com breves acenos de seu sorriso perpétuo
Colore todos os rostos com tons claros como suas palavras
Enfeita todas as possibilidades com desenhos abstratos e cadavéricos
Perfuma todo futuro com incenso e shots de destilado
E sinaliza para o mundo com colares de sementes
Ela é esse universo paralelo construído pra acalmar corações

Ela é tão pequenina pra ser tão enorme.

À Talita

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