Aqui, agora (a quarta vez)

No reencontro, tentei não correr para ele
Tentei não me atirar em seus braços e não me afogar em seu cheiro
Tentei tentei, mas a tentação me venceu
Alguns esforços são mesmo inúteis

Enquanto suas mãos agarravam as minhas
E você beijava meus olhos e minhas bochechas
Eu pude sentir e ver e sorrir de verdade
E pude ser de verdade depois de tanto tempo me esforçando

Já não precisava engolir aquelas pequenas cápsulas de amor
Forçadas a seco goela abaixo, pela pura obrigação de amar alguma coisa
Mas enquanto você desenhava nossa história predestinada em mim
Eu podia ouvir o amor que fluía como música

Um amor que não era, era sem motivo
Talvez pulasse o muro e nunca mais tivesse futuro
Sangrando ali no lugar certo na hora errada
Na verdade, meu rapaz de olhos (quase) verdes, não existe certo ou errado.

Existe o que a gente sente. Existe o que é real aqui e agora, e as pequenas decisões que te arrancaram com expectativas além da doçura pra perto de mim.
Não sabemos de coisa alguma, só de hoje.
E hoje, embalada no seu cheiro, eu soube o que é ser amada sem pedir.

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