"pra você que lê"

Pra você que lê, onde eu despejo minhas emoções
Eu queria pedir desculpas
Eu não sei porque eu estou me desculpando
O meu mundo se tornou um emaranhado onde sentir demais é coisa ruim
É veneno pulsante que a gente engole
E agora é tão na moda sentir coisa alguma
A gente tá sempre se  bloqueando
criando essas pequenas muralhas virtuais
A gente tá sempre em dúvida se sente ou não
Pra você que lê, é verdade, eu não gosto de ficar sozinha
E será que isso é se amar pouco ou é se amar demais?
Será que eu sempre dou segundas chances,
ou eu sou sempre quem implora mais uma vez?
Pra você que lê, eu sei que pergunto demais
Sei que peço amor demais
Sei que não me satisfaço
Mas será que devo de me despedir sempre?
Porque eu sempre perco você, que me lê
Quando essas linhas acabam e você me vê
Você me lê, mas você me prova
Será que é doce ou amargo demais?
Você que lê acha caótico?
Será que a terapia resolve, ou os comprimidos, ou as milhões de cervejas, gozos, amores, tapas, pancadas, ardores, cigarros, cheiros, lençóis, desgostos, banhos longos, copos d'água, músicas poéticas, palavras vazias, longas viagens, promessas sem futuro
Pra você que lê, será que eu reconstruo,
ou será que eu sou mesmo apenas a minha própria destruição?
As mãos que me apertam no escuro, as vozes que me sussurram pra ser melhor,
tem sempre alguém que sempre volta pra ler.
Quem é você, você que lê?

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