Meu primeiro final feliz.


Eu não sei escrever histórias felizes. Não sou solar, leve, animadinha. Sou afável, amável. Mas não sou leve.

Não gosto da lama rosa e da purpurina falsa. Não sei como escrever finais felizes. E como isso começou, também não sei. Mas minhas palavras são sempre densas -- nem sempre tristes, mas meus pés estão colados demais no chão.
Todas as feridas que eu recebi de peito aberto, toda a espoliação, e as farsas, e as mentiras, e a dor que eu causei e que muitas vezes também me foram causadas -- É sobre a dor que eu escrevo. Meu amor é ferido, mas ainda é amor. Amor às causas perdidas, às pessoas perdidas. Sim, porque eu brindo à todos aqueles que são incapazes de se mover por mim. E os amo.
Mas vim aqui para falar sobre os finais felizes. Aqueles que eu não sei escrever.

Um dia, eu vou ser feliz. Por mim, comigo, para mim, e para o amor.
E esse, esse sim, será meu Felizes Para Sempre.

Minha mente, meu espírito e finalmente, meu coração.

Em paz.

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