Em suas mãos.


O coração em suas mãos te pertence.
Os olhos suplicantes da criatura à sua frente,
eles imploram:
- Não me deixe, não me deixe.
Diga-me, meu amado, tu já viste olhos mais tristes?
Pois sinto-me a escória e me escondo no escuro,
no escuro peito cheio de escuros sentimentos.
Por favor, procure não desviar os olhos.
Perdoe as lamúrias chorosas e as falhas risonhas.
Perdoe a displicência da segurança e a dolorosa interrogação da falta dela.
É só amor. Amor amável, sofrível, chorável.
Amor lânguido, sôfrego, submisso.
Amor que de tão servente é dominador,
de tão intenso é dubitável,
De tão imenso é frágil.
Amor seu. Sua alma dentro da minha,
e numa agonia de perder que inquieta a garganta e desata o choro, mas não alivia o coração.
O coração que está em suas mãos.
Que te pertence.

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