Sobre a marcha da maconha.

Hoje eu parei para ouvir o rádio, e um absurdo imenso me surpreendeu. Eu até imaginei que tinha entendido errado, mas não. Diversos cantores e bandas relativamente conhecidos e que tem um poder alarmante de influenciar a mente de muitos adolescentes estavam realizando shows em um protesto a favor da legalização da maconha.
Não que, por favor, eu me oponha a você fazer uso de qualquer tipo de substância tóxica. Por mim, você pode fazer o que bem entender da sua vida, e eu não vou interferir. Aham, você está me chamando de individualista e egocêntrica agora, mas se eu te dissesse que sou contra você fumar seu baseado, você ia me chamar de preconceituosa. E eu odeio preconceito. Meu ponto é: Você faz o que você quiser da sua vida, como já bem diziam, livre arbítrio. Então, não me oponho ao uso da maconha, porque quem faz isso sabe o que está fazendo, pelo menos na maior parte dos casos.
Eu me oponho sim à ideia de protesto. Veja, não sou contra o ideal da maconha. Eu não faço uso desse tipo de substância, mas... algumas pessoas fazem. Por favor, vamos ser racionais: Se for para protestar, o que vocês acham de protestarmos por algo que vá influenciar de forma abrangente?
O país tem necessidades. O sistema sofre uma crise de disfuncionalidade.
Vamos protestar pela saúde. Vamos nos movimentar pela educação e pela cultura de uma população encarecida que precisa de menos vícios e mais bem-estar.
Eu busco não ser hipócrita nem cruel. Não condeno seu backzinho na praia, nem seu cigarrinho.
Se a legalização da maconha ajudasse a diminuir a violência e gerasse algum bem, mas tanto eu quanto você aí sabemos que não é bem assim. Não me venham com desculpas de que isso vai ajudar a tirar crianças inocentes do tráfico ou seja lá do que for. Afinal, maconha é a ralézinha dos baratos. Hoje começaram com o protesto pela maconha. Amanhã vocês protestarão pelo ecstasy? Mas como eu disse -- faça o que quiser da sua vida.
Só não prejudique quem não está contigo.
Depois que problemas sociais estiverem resolvidos e a cidade estiver imersa em uma paz bucólica, vou aceitar calada o protesto pela maconha.

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