Explosão.


Me dê sua mão e vamos desvendar os segredos desse mundo sujo e estonteante. Vamos correr contra o vento, alegria e desespero de um cavalo selvagem. Venha, deixe-me fazer com que sua pele e seus olhos incendeiem o recinto sem paredes, a verde relva brilhante.
Corra ao meu lado, junte-se a mim, sejamos bárbaros, selvagens, insanos -- Sejamos!
Pouse seus dedos gentis sobre meu peito e sinta meu coração, batendo e sussurrando cada vez mais rápido. Mergulhe em minhas palavras, beba meu verbo, vou provar do que você derrama, vou fumar o que você suspira.
Venha, amor, sinta-me. Venha, companheiro, rebele-se.
Queime a ponte, derrube as paredes, tijolo por tijolo de cada ilusão bem arquitetada. É só uma questão de tempo até que tudo exploda, vamos comemorar! Vamos voar e nos desajustar, vamos apreciar. Deixe-me degluti-lo, deixe-me mastigá-lo, deixe-me provar. Vamos lamber a língua e brindar a alma.
Vamos nos vender ao vil bordel da vivência, vamos nos entregar. Vamos superar a mera existência.
Venha, amigo, viva comigo.


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