Medo de respirar alto e outras pequenas fobias.


Não sou apta à correria e confusão de viver sem saber ser. Todos os dias tentamos mudar. Tentamos nos aproximar do que querem que sejamos, ou simplesmente fugimos disso. Na maior parte do tempo, fujo de mim mesma. Fujo da minha esquisitice, da minha maldade, do limerence pelo proibido, de todas as coisas destrutivamente prazerosas. É como se meus textos fossem minha redenção, como se meu chá fosse uísque e meus bombons, cigarros.É como se enquanto eu entro no ônibus vestindo o capuz enorme do casaco e me controlando pra não respirar alto, eu pudesse me transportar para um mundo onde sou tudo o que eu gostaria de ser. E sou bailarina, lutadora, guerreira, incrível -- Mas sou só a esquisita com medo de respirar alto. Sempre tentando ser um conceito. Sendo apta à nada além de ser.

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