A arma gélida e as balas em forma de farpa

Sua maior arma contra mim era sua completa indiferença
Todas as vezes que você me via tirar os pés do chão
Todas as vezes que eu contava com as suas mãos
Todas as vezes que você me via sorrindo demais
Você disparava sua arma.
Era sua maneira de me dizer que não era obrigado
Que não queria ficar
E já que eu queria tanto
Seria assim, do seu jeito
Com sua arma gélida apontada pros meus olhos.
Seus sorrisos indiferentes
Seu egoísmo exacerbado
Que me ensinavam que não adianta amar demais
Que não adianta esperar demais
Que não adianta acreditar demais
Porque você sempre vai dar um jeito de destruir
Minha esperança
Meu afeto
Minha paciência
Minha tolerância
E quando eu voltar pra casa e subir as escadas
Vou chorar mais uma vez por você e me perguntar
Se vale mesmo a pena ser triste pra ser feliz.

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