a víbora, o algoz, a guilhotina (gosto de ciúme)

Avisada, portanto, já estou, de seu novo caso eufórico
Se te perco, lastimo
Se me declaro, me envergonho
E já doente de ciúmes adormeço
Sem saber quais são os lábios de seu desejo
Qual é o cheiro que você procura
Qual é o amor que você almeja
Durmo mal, fumo demais
Não há consolo ou sombra de paz
O veneno que sua amada víbora destila
Há muito se deitou em minha língua
E tal qual as noites que você desejou sentir o calor dentro dela
Esparramou-se de maneira tranquila e bela
Em suas garras e presas pingava
O que meu paladar amargava
Meu coração torturado aceitava
Comiseravelmente seu destino
Envenenado com traição
Guilhotinado pelo ciúme.

Comentários

Postagens mais visitadas