No sopro do vento

Todas as palavras recolheram-se ao coração, murmurando.
Quis fingir que não era sobre você. Quis fingir que não doía.
Ai. Doeu.
Apaguei devagarzinho aquela ânsia de futuro, aquela intensidade nostálgica do passado onírico.
Não vivi o presente, só pensei no que não era e no que não poderia ser.
Doía agora.
Sentia o momento, e já não éramos, só eramos sós.
Agora era vazio e desespero.
Não esperei nada, só sinceridade. Não teve nem sinceridade e me decepcionei.
Esperava alguma coisa.
Passou.

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