Corpo-ferramenta, alma-arte

Meu corpo é instrumento,
Ferramenta de carbono e amoníaco
Expressão do belo e do feio, do divino e demoníaco.
Por isso, dicotomia ambulante: Abuso da carne e a levo aos extremos
Hidrogênio zircônio amoníaco oxigênio
Destruo células átomos partículas
Em contraponto protejo o corpo de cuidados imensos
Flúor sódio ferro cálcio
Cuido de dentes unhas sobrancelhas cutículas
Existo para satisfazer o sentimento
Sou feita de pele nervo movimento
Sou e sinto, sou porque sinto
Sou pra satisfazer o instinto
Se falo com o corpo não escrevo palavra
Sou poesia ambulante com cabelos pentelhos pernas anseios
Meu poema não tem métrica, só metros cúbicos
Preenchidos de carne músculo sangue pensamento
Movimento osso articulação angústia
Víscera glândula secreção saudade

Você é sua própria arte.

Comentários

Postagens mais visitadas