A criatura mística chamada "humano"

Eu sou a que profana
Eu sou a que infecta
Aquela que mancha as roupas brancas
De sangue, prazer e impureza

Eu sou aquela que veio ao mundo quente
Suada e em carne viva
Eu sou aquela que pulsa
Que punge, que vibra

Eu sou a impura
A devassa
A despudorada
A insana

Sou crueza
Me falta pureza nobreza sensatez
No espírito e na carne
Sou a beleza presente na loucura e na nudez

Não sei ser silêncio, e portanto sou puta
Louca, demoníaca, mãe das guerras e disputa
Sou desejo incontrolável, Dalila sedutora, Eva desgarrada
Sensorial, ensanguentada e ofegante: Sou humana.


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