A bailarina feita de fogo.

Pelas salas cheias de olhares
De pessoas
De amargor.
Você que voa através das estradas e dos desertos
Que ilumina o mundo com gargalhadas repentinas,
Que assusta os sem brilho com seus cabelos
E mãos, e pés e alma
Feitos de fogo.
Me pergunto como você se sente com relação aos abraços
E à rosa que você não recebeu.
E quando sua voz e suas palavras quentes batem
Em meu ouvido pouco musical
Eu ouço seus números e contagens que viram arte
Através dos nós entre nós.
E continuo a ouvir sobre sua vida,
Sobre a crueldade de alguns que te cercam
Ou cercaram, fizeram-lhe um cerco e tentaram
A todo custo destruir toda a doçura
E a luz que você emana por ser clara, alva.
E quase choro pela sua dor, fico à beira, à margem,
E nas pontas dos pés quero sofrer com você --
Mas não! Você me puxa de volta
Olhos âmbar brilhantes como fogueiras
Uma força descomunal e assustadora que me oprime e me levanta
Uma mistura de força, doçura e perdição que me comovem
E me transformam.
E você que é mãe, amiga, guerreira e deusa
Passa a ser minha.
E te preciso, te adoro, te sigo e te venero.
Nas nossas e suas lutas diárias de exaustão e preocupação
Todos esses pensamentos me ocorrem quando você sorri
E tenta me empurrar uma ameixa goela abaixo,
Maternalista e preocupada.
A bênção de ter seu carinho é a bênção de aprender com você,
E aquecer meu coração em segundas frias
Com seus cabelos e olhos feitos de chama.
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