Dos dias de incerteza e outros tantos medos
Toma cuidado, pequena. Olha pra frente nos dias em que eu não puder te puxar pelo braço, mas olha pros lados antes de atravessar a rua, porque eu também não vou poder te impedir.
Toma seus remédios, dá um pulinho no médico, e cuida dessa pressão baixa, porque se você desmaiar na rua eu não vou poder te acordar às bofetadas e lágrimas.
Se alimenta e respira fundo nesses dias de depressão e tédio, e não amassa seu sorriso se meu olhar amassado não estiver lá pra sorrir pra você.
Fala alto com quem te intimidar, sorri com deboche e não liga pra quem não gostar de você, mas cuidado pra não forçar a garganta com qualquer grito ou choro inesperado. Se alguém te machucar, me liga, que eu pego o trem de volta pra te defender.
Dorme cedo e acalma o coração com qualquer música ou desenho que te lembre do porto-seguro que a gente encontra uma na casa da outra. Descansa os olhos desses óculos pessimistas e toma outro gole de rum pra rir alto em qualquer festa e abraço com cheiro de cigarro. Procura quem te faz feliz e usa maquiagem nos dias em que você acordar se sentindo mal. E se você riu dessa ideia mas ainda tem vontade de chorar, pega um rolo de papel e limpa os olhos, lembra que eu brigo com objetos inanimados e balança esses ombros de gargalhada sutil.
Tenta abraçar mais as pessoas, mas não segue meu exemplo e não se apega a qualquer par de olhos que lhe pareçam sinceros. Tenta também colorir mais seus dias e não dormir no ônibus, afim de observar mais as pessoas. Tenta não absorver a malícia do mundo, mas não deixa de compreendê-la.
Pra se um dia eu não estiver mais aqui, você saber viver.
E se essa for só uma desculpa que eu uso antes de dormir, continua tomando cuidado.
Pra se um dia desses eu não estiver mais por perto, se eu acordar com dor demais, ou se eu resolver dormir pra sempre, que eu tenha a certeza de que você vai ficar bem. Pra eu ter a certeza de que sem mim, você ainda está em paz. Assim, vou estar em paz.
Toma seus remédios, dá um pulinho no médico, e cuida dessa pressão baixa, porque se você desmaiar na rua eu não vou poder te acordar às bofetadas e lágrimas.
Se alimenta e respira fundo nesses dias de depressão e tédio, e não amassa seu sorriso se meu olhar amassado não estiver lá pra sorrir pra você.
Fala alto com quem te intimidar, sorri com deboche e não liga pra quem não gostar de você, mas cuidado pra não forçar a garganta com qualquer grito ou choro inesperado. Se alguém te machucar, me liga, que eu pego o trem de volta pra te defender.
Dorme cedo e acalma o coração com qualquer música ou desenho que te lembre do porto-seguro que a gente encontra uma na casa da outra. Descansa os olhos desses óculos pessimistas e toma outro gole de rum pra rir alto em qualquer festa e abraço com cheiro de cigarro. Procura quem te faz feliz e usa maquiagem nos dias em que você acordar se sentindo mal. E se você riu dessa ideia mas ainda tem vontade de chorar, pega um rolo de papel e limpa os olhos, lembra que eu brigo com objetos inanimados e balança esses ombros de gargalhada sutil.
Tenta abraçar mais as pessoas, mas não segue meu exemplo e não se apega a qualquer par de olhos que lhe pareçam sinceros. Tenta também colorir mais seus dias e não dormir no ônibus, afim de observar mais as pessoas. Tenta não absorver a malícia do mundo, mas não deixa de compreendê-la.
Pra se um dia eu não estiver mais aqui, você saber viver.
E se essa for só uma desculpa que eu uso antes de dormir, continua tomando cuidado.
Pra se um dia desses eu não estiver mais por perto, se eu acordar com dor demais, ou se eu resolver dormir pra sempre, que eu tenha a certeza de que você vai ficar bem. Pra eu ter a certeza de que sem mim, você ainda está em paz. Assim, vou estar em paz.
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