Inevitável fim.

É assim que funciona. A gente se conhece, se apaixona, as juras de amor são inevitáveis e todo mundo jura que nunca vai terminar. O começo é sempre algo bom, mas até coisas boas terminam. Uma hora termina.
Cada um vai pra um lado, e quem é deixado com a saudade e as lembranças cogita suicídio e ganha uns vinte quilos a mais. Mas ainda assim, as pessoas ainda se apaixonam. Elas deixam-se apaixonar na esperança de fugir do vilão de capa preta e encontrar príncipes encantados ou princesas delicadas (ou não). Mas na vida real, o vilão não usa uma capa preta. O cara mau te faz rir e jura que te ama. Príncipes e princesas são mais difíceis de se encontrar do que se imagina.
Ainda assim, as pessoas amam. E por que? De que vale as mãos suando, a agonia e a saudade por estar longe, o coração acelerado, se uma hora tudo acaba e a única coisa que resta são lembranças incríveis pra te perseguir? Por que amar é tão bom e no final dói tanto?
Sim, porque se você ainda não se conformou, uma hora acaba. Sempre acaba. Uma hora seu amor vai cansar dos seus vícios, seus dramas ou do quanto sua casa é distante da dele. Uma hora seu amor cansa do jeito que você aperta o tubo de pasta de dente, não suporta mais seu cabelo e tudo vira crítica. E aí, aonde foi o amor? Virou poeira. Uma estrutura frágil sustentada pelos pilares do que um dia ele foi. Não demora muito a quebrar.
Eu estou cansada de escrever sobre o amor. Não quero mais. Eu amo, e sei que eu serei deixada mais algumas vezes. Eu sei disso, mas não quero que acabe. Quero dizer que será pra sempre, porque eu amo com tudo o que tenho, e tenho muito. Pois é isso.
Não me diga que será para sempre, porque eu corro o risco de acreditar. Só prometa que será verdadeiro, e você me terá até quando me quiser. E quando perguntarem do que eu mais gostei, vou dizer que foi de você.

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