Liberte-me, eu imploro.

Tristeza que me consome. Vai me mordiscando por dentro, me mostrando a verdade que dói mais que qualquer coisa. Eu sempre sei o que vai acontecer, e fico ignorando os fatos. Eu tenho tanto medo de perder. Esse medo tão corrosivo vive me matando e me ressuscitando, só de sacanagem, pra poder me matar mais uma vez, talvez com requintes mais refinados de tortura.
Um pouquinho de confiança, por favor? Tudo o que eu sinto é sempre tão menosprezado. Talvez eu superestime as coisas, mas será que poderiam respeitar isso?
Não quero mais perder. Já perdi muito.
Eu quero liberdade. Quero me livrar desses grilhões de hipocrisia e machismo. Quero me livrar das lembranças que me fazem mal, das pessoas que me fazem mal. Mas a chave pra minha liberdade está tão distante.
E não me diga que isso é pro meu bem. Eu sei o que é o meu bem, e o meu bem com certeza não é me marcar dessa forma. Eu tenho coração de vidro. É cheio de marcas e arranhões que não podem ser consertados ou reparados.
Que se foda o que é melhor pra mim. Não vou agradecer a ninguém por ter me feito derramar lágrimas. Não é drama. É dor. Dor de anos, dor de cada palavra feito farpa proferida com um ódio que eu nunca soube de onde vinha; Dor de cada pessoa que passou e me deixou, e a culpa não foi minha.
Eu vou fazer o meu melhor, e quando eu conseguir, quero ver quem vai ser o babaca que vai ousar colocar o dedo na minha cara e dizer que eu não sei o que é amor e que a vida vai muito além do que eu penso.

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