Tão eu.

Por que eu não tenho freio da língua? Por que eu não tenho filtro entre o coração e o cérebro, o cérebro e a boca? Por que, por que, por que? Por que tanta preciptação?
Escrevo pra não dizer que não é verdade. Escrevo pra não ter que negar, uma vez que tudo o que eu disse é verdade. Uma verdade preciptada e passional, mas ainda assim, verdade.
Eu não sou louca. Só não tenho pele pra proteger, e quando você me toca ou me olha eu sinto seus olhos e mãos e salivas escorrendo pelos meus órgãos e meu eu, sem conseguir impedir, sem conseguir sequer respirar.
Eu não aprendo. Me apaixono todos os dias, e é sempre pela pessoa errada. Mas você parece tão certo. Você parece tão meu, tão eu.
Você me agonia. Me faz desentender. O que sou eu? Uma coisa tão pequena precisando tanto de amor, e uma coisa tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Você é assim, tão cheio de defeitos, mas ainda assim perfeito. E eu tenho mania de ser problemática.
Eu quero dizer mais uma vez: Eu amo você. Te amo assim, inconsequente. E isso me faz bem. Eu quero você ao meu lado, e pelo primeira vez na minha vida isso não é doentio. Não preciso de você, patologicamente. Não é um amor viciante, não é minha heroína. É só um suplemento. Um amor que surgiu pra fazer minha vida melhor ser mesmo viva, pulsante, colorida. Porque você é assim, tão você, tão eu, tão tudo, tão sempre e tão onírico que eu não quero parar de dizer. É inverno, é sem medo. É melhor.
A verdade é essa mesmo, e eu não vou mais esconder. Eu amo você. Sem hesitar, sem respirar nem pensar pra responder. Eu amo. Amo. Amo você.

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